Reunião: oportunidade para ser proativo(a)
O envolvimento da assessoria
executiva é fundamental na organização de reuniões por ter a incumbência de
administrá-la, operacionalizá-la e fazer o follow-up
dos assuntos tratados.
Administrar, operacionalizar e fazer
o follow-up – três verbos embutidos de ações que requerem do assessor
habilidades e atitudes para atuar em um âmbito de abrangência mais voltado para
responsabilidades de maior complexidade, sem, contudo, se eximir da execução de
tarefas padronizadas e estruturadas.
Este
espaço de atuação para além do operacional nem sempre é de fácil percepção para
um profissional. É comum ouvir um profissional do secretariado dizer:
-
Sempre sobra para eu fazer a redação da ata e adivinhar o que foi
discutido e decidido. Seria muito mais prático se meu chefe me levasse para
participar da reunião do que tentar deduzir o que decidiram a partir dos
papeizinhos que ele me entrega.
Pergunto: quantos profissionais de
secretariado têm a iniciativa (e a coragem!!!) e se prontificam para participar
da reunião, mesmo correndo o risco de receberem um sonoro “não” do chefe?
Carmem, secretária da diretoria da área
de Desenvolvimento Organizacional, fez o seguinte relato:
-
Sempre que meu diretor precisa convocar uma reunião, assumo toda a organização
e operacionalização, entretanto, não participo da reunião propriamente dita.
Defino a pauta com ele, envio a convocação aos participantes, organizo o ambiente
do local da reunião, dou as boas vindas no dia da reunião, encaminho-os ao
local e saio de cena até o momento em que o diretor, geralmente, no dia
seguinte à reunião, me passa breves anotações das decisões tomadas para eu
fazer o registro em forma de ata.
Carmem continua:
-
Tenho habilidade para sistematizar e redigir textos e documentos empresariais,
expresso minhas ideias com clareza e objetividade, tenho coesão e poder de
síntese. Porém, isso não é o suficiente para redigir uma ata quando me faltam
informações. Percebo que meu diretor não tem demonstrado muita paciência para
me dar detalhes de decisões na reunião, muitas vezes necessárias para a
redação. É como se quisesse que “adivinhasse” o que eles trataram. Sem contar o
sufoco causado pelos prazos que se perdem dos assuntos tratados na reunião por
falta de um efetivo acompanhamento.
A situação se repete nas demais
diretorias da empresa. Nenhum profissional de secretariado participa das reuniões
convocadas pelos executivos que assessoram. Uma situação que permanece em
conformidade com o que sempre foi. Mas será que não está na hora de se acabar
com a síndrome da Gabriela? Eu nasci
assim, eu fui sempre assim, serei sempre assim. (personagem de Jorge Amado).
A síndrome do “sempre foi assim”.
Carmem, sem dúvida alguma, precisa
considerar a possibilidade de conversar com seu diretor a respeito, num momento
oportuno. Precisa argumentar que o fato de não participar da reunião tira-lhe a
oportunidade de ampliar seus conhecimentos sobre os negócios da empresa. E que
sua participação poderá agregar valor ao seu trabalho porque está lá para
contribuir diretamente para os resultados que a empresa quer alcançar.
Tenho certeza de que o diretor da
Carmem irá se surpreender positivamente com sua solicitação. E atitude proativa
e colaborativa.
E você? Já pensou em ter uma
participação mais efetiva nas reuniões coordenadas pelos seus gestores?
Pense
em algo que você poderia mudar ou fazer melhor uma vez por semana.
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