Assessoria Executiva: o que vem a ser?
Caros estudantes e profissionais de secretariado,
este texto escrevi em 2003, quando estávamos no auge das discussões no mundo acadêmico sobre a questão de assessorar no fazer do cotidiano de quem atuava como secretário executivo.
Talvez ainda possa ser útil em suas reflexões agora em 2018.
Assessoria
Executiva
A
literatura que trata da assessoria executiva ainda é extremamente ínfima e
pobre. As poucas publicações que temos a felicidade de encontrar abordam
superficialmente o que acreditamos ser efetivamente assessorar no contexto de
profissionais que exercem e gerenciam atividades inerentes à profissão de
secretário.
Como profissionais diretamente
envolvidos na arte de assessorar procuramos esboçar uma primeira conceituação,
levando em consideração as vivências no cotidiano das organizações em que
atuamos. Somos integrantes do primeiro curso de Especialização em Secretariado Lato Sensu , focado na Gestão de Pessoas e
Processos, organizado pelo CESUSC, em parceria com o SINSESC, cuja primeira
turma iniciou as aulas em outubro de 2003,
em Florianópolis/SC.
A reflexão inicial, que ora
compartilhamos, aconteceu na disciplina de Condições de Assistência e
Assessoramento. Ressaltamos que é um texto em construção e como tal aberto ao
recebimento de contribuições.
O que é assessorar?
De acordo com o dicionário Aurélio,
assessorar é servir de assessor a;
assistir; auxiliar, tecnicamente, graças a conhecimentos especializados em dado
assunto. Considera assessor como um adjunto,
auxiliar, assistente, ajudante, organismo que fornece assessoramento, ou
seja, o ato ou efeito de assessorar.
Assessorar é a arte de fazer o
acompanhamento do executivo e de sua equipe nas soluções dos conflitos, gestão,
execução de funções técnicas e gestão do conhecimento. É fazer o elo entre a
empresa, clientes e fornecedores internos e externos, facilitando o
desenvolvimento do trabalho.
Consiste na prática de processos
administrativos de forma eficaz, possibilitando o alcance dos objetivos gerais
e específicos da organização. É compartilhar problemas e desafios. É saber
negociar, gerenciar o tempo, definir prioridades, sendo o facilitador e
intermediador entre a organização e seus clientes internos e externos.
Para tanto, um assessor executivo
gerencia a informação e processos de forma a disponibilizar ferramentas
eficazes que permitam uma tomada de decisão acertada do executivo e de sua
equipe. Com características como a multifuncionalidade, iniciativa, ousadia,
postura ética e flexibilidade, deve estar preparado e apto para criar essas
condições de gerenciamento.
Em outras palavras, é a arte de
privilegiar informações com discernimento na tomada de decisões. É conhecer a
empresa e os colaboradores para agir, gerenciando os conflitos no trabalho.
Saber a hora de ouvir e de falar, sempre procurando agregar valor às atividades
do dia a dia. Ser humilde para aprender com o novo, transmitindo suas
experiências e conhecimentos. Isso conduz a criação de condições para integrar
as relações interpessoais, compartilhar conhecimentos, gerenciar conflitos, acompanhar
as mudanças dentro e fora da organização, visando a tomada de decisão.
Ser assessor é estar apto a administrar
informações, gerenciando com o seu gestor e ser gestor de si mesmo. É agir com
base numa visão global e atitudes multifuncionais, que fazem com que tenha
capacidade de gerenciar conflitos com excelência na gestão de pessoas. Pode-se
afirmar que se trata da arte de avaliar, criticar, construir e resolver algo
que necessita de uma atitude criativa, objetiva e dinâmica. E isso o assessor executivo
consegue se souber humanizar a técnica e padronizar a postura profissional de
seus integrantes.
Assessorar é fornecer subsídios a um
gestor para a tomada de decisão, por meio da otimização de seu tempo, do
gerenciamento de informações e da intermediação entre este poder de decisão e o
contexto interno e externo à organização. São subsídios que contribuem na
tomada eficaz de decisões. Isso requer do assessor executivo uma certa
disposição e dinamicidade para ser o autor da criação de seu próprio conhecimento,
de, por consequência, seu gestor, para facilitar a quebra de determinados
paradigmas e uma visão sistêmica das informações que lhe chegam.
Como criar
condições de assessoramento?
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