Profissional de secretariado: mais uma linha de história pessoal
Aprender a aprender: a mola propulsora
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Por isso, procurei fazer parte do time que administrava. Precisava estar atualizada e informada. O meu desempenho não era avaliado somente pela capacidade de lidar com papéis e objetos materiais, mas, principalmente, pela habilidade de lidar com os clientes internos e externos.
Assumi a responsabilidade por minha aprendizagem. Aprender a aprender foi minha mola propulsora para acordar a cada dia com mais disposição para buscar novos conhecimentos. Com intuito de desempenhar bem meu papel profissional, participei de vários cursos de desenvolvimento pessoal e capacitação profissional em várias localidades do País. Precisava ir para os grandes centros para acompanhar as mudanças decorrentes da evolução da tecnologia de informação e de comunicação.
Também fiz cursos no exterior e em São Paulo para aperfeiçoar a conversação e a redação em língua inglesa. Como consegui? Lá trás, quando tomei a decisão de ser secretária executiva trilíngue, comecei a poupar dinheiro - mesmo que pouco - para fazer um intercâmbio internacional.
Precisava de aproximadamente quatro mil dólares para pagar o
curso, passagem aérea, hospedagem e alimentação em casa de família. Além de
certa quantia para o lazer e extras do dia a dia. Por quê? Queria experimentar
a capacidade de me comunicar em língua inglesa com native speakers. E isso só se faz in loco.
Destino: London, Forest
Hill School. Quem diria! Filha de pedreiro viajando para o exterior para
estudar inglês. Em março de 1979, um sonho; em outubro de 1987, um fato.
Embarquei para Londres, Inglaterra. Mais uma meta alcançada. Que felicidade!
Estudar inglês em Londres motivou-me ainda mais a buscar
fluência no idioma. Próxima meta: estudar Business
English for Secretaries na Associação Alumni, em São Paulo capital. Era um
curso de 72 horas aula, ministrado aos sábados.
Como quase tudo que é bom requer sacrifício, de março a junho
de 1988, passei as noites de sexta e sábado num ônibus que fazia o itinerário
Blumenau São Paulo e vice-versa. Comprometida com minhas decisões, obtive 100%
de frequência e finalizei o curso com média dez.
Até então, não havia razão para frequentar um curso superior.
Eu estava vivendo uma época de desenvolvimento profissional ímpar, diariamente
exposta a uma atmosfera repleta de inovações tecnológicas que impregnava todo
ambiente de trabalho. Os cursos de aperfeiçoamento estavam mais próximos de
minha realidade profissional.
A vida era minha escola, porém, sem direito a diploma de
curso superior. A secretária estava realizada, mas a menina que ministrava
aulas para alunos imaginários e o irmão no velho rancho ansiava por minha
atenção. Eu queria o diploma para me lançar ao próximo desafio: ser professora.
Em agosto de 1988, iniciei o curso superior de licenciatura
em Letras Português Inglês na Universidade Regional de Blumenau.
Extrato do livro: A secretária que faz..., que escrevi e editei em 2010.
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