SECRETARIADO EM FOCO: SUSTENTABILIDADE DA PROFISSÃO (parte 2)
PALESTRA
PROFERIDA NO XIII SEMISEC, em Maceió (AL), no dia 12 de agosto de 2015, pela
professora Eliane Wamser.
SECRETARIADO
EM FOCO: SUSTENTABILIDADE DA PROFISSÃO
Será que
temos consciência de nosso pertencimento ao Todo Cósmico?
Como vocês
lidam – lá bem no íntimo de cada um – com uma manchete em jornal ou revista
(eletrônico ou físico, não importa), que traz os estragos causados com o
tornado em Xanxerê, no Oeste de Santa Catarina, em 20 de abril de 2015?
Ou, ao lerem
uma reportagem sobre a fome na Somália, que já matou mais de 250 mil crianças?
Como vocês
lidam com notícias sobre as vítimas da pior cheia da história do Acre, em
fevereiro de 2015? Ou sobre a seca que agora coloca os grandes centros urbanos
aqui do Nordeste em situação de emergência?
Qual é a sua
postura pessoal frente ao desperdício de água, de alimentos, excesso de lixo
orgânico? Será que você também acredita ser coisa de eco-chatos?
O que dizer
diante de eventos climáticos extremos que estamos enfrentando no Brasil?
Sem sombra
de dúvida, é uma reflexão que nos remete a uma responsabilidade cujo tamanho
não temos noção. E de fato não temos! Querem um exemplo de como não temos
consciência de nosso pertencimento a esse Todo Cósmico?
No dia 8 de
julho de 2015, exatamente 5 dias antes de eu completar 55 anos de idade, minha
sobrinha Emily, de 8 anos de idade, que está no 3º ano do ensino fundamental,
brincava na minha casa com sua amiga Fran. Certo momento, estávamos na cozinha
tomando água, e começamos a falar sobre o que elas estavam estudando. Aí, Emily
disse que em Ciências estavam desenvolvendo um projeto sobre a Mata Atlântica.
E eu, diante de minha sabedoria de tia, disse: Emily, você lembra que no ano
passado ficamos um final de semana na casa do avô da Fran no meio da floresta?
Pois é, lá estávamos dentro da Mata Atlântica.
E o que ela
me respondeu? “Tia Eliane, você sabia que
aqui na sua casa você tem Mata Atlântica?”
Eu: “É? Tem?”
Emily
respondeu: “Vem comigo!” Saiu da
cozinha e foi até meu escritório. Parou defronte a impressora, e tirou uma
folha de papel A4, mostrou-me dizendo: “Tia
Eliane, isso aqui é Mata Atlântica.”
Minha
resposta gaguejando: “Você tem razão,
Emily. Quanta Mata Atlântica eu tenho aqui em casa. E na estante de livros
então?”
Então, vai a
minha pergunta para nós: Quanta Mata Atlântica temos sobre o nosso colo agora?
(Só
para conhecimento, somente restam 12,5% dos 1,3 milhões de km2 originais da floresta
nativa da Mata Atlântica)
O fato de cutucarmos
a nossa consciência de nosso pertencimento a esse cosmo ampliará nossa
contribuição para a construção de um mundo mais harmonioso, mais fraterno,
solidário, com consciência ecológica, relacional e sustentável.
Certamente
cada um de nós tem consciência deste pertencimento, mesmo que em pequenas
ações, assim como Emily tem. Pequenas ações que fazem muita diferença no todo.
Fazem e farão muita diferença em nosso ambiente de trabalho.
E por falar
em ambiente de trabalho..... O que a empresa em que você trabalha está fazendo para garantir ar e água limpos,
solo fértil, clima estável e uma sociedade mais igualitária, menos desigual?
Alguns, aqui
presentes, talvez dirão: “nada”, porque para o dirigente a sustentabilidade não
passa de mais um modismo inventado por empresas de consultoria. Ainda estão na
fase do “business as usual”. Para outros, causa arrepios. Outros se valem da
miopia para fazer de conta que não é com eles. Por quê? Porque a ganância não
lhes permite ver a finitude dos recursos naturais e fósseis.
Diferentemente
dessa postura, muitos de vocês, certamente, trabalham em empresas onde a
cultura da sustentabilidade já integra a estratégia do negócio. A alta
administração está diretamente envolvida em sua disseminação. Em empresas que
estão indo além de ações pontuais, e
abarcando novas oportunidades de negócios, com procedimentos e sistemas que
reduzem os impactos socioambientais e utilizam os recursos naturais de maneira
adequada (reengenharia de processos).
Criaram novos nichos de negócios com um
olhar para a cadeia produtiva como um todo. Ou seja, levaram em conta o ciclo
de vida de produtos e serviços da produção até a disposição final de resíduos.
Investem em pesquisa e desenvolvimento; na capacidade de inovação, em novos
modelos de produção e gestão de negócios; no processo contínuo de capacitação
dos funcionários. Sem, contudo, deixar de garantir a sua sustentabilidade
econômica diante do capital financeiro e humano que tem investido e
comprometido. Vai demandar profissionais responsáveis que estejam qualificados
para maximizar recursos e tempo. Não haverá mais chance de improvisar no
trabalho.
Com essas
realidades distintas, o que dizer do valor da vida que está em risco no
planeta? De nossa incapacidade como seres humanos de nos comovermos com os
outros? De fecharmos os olhos para não enxergar as contradições, porque não
sabemos lidar com as contradições? Isso porque a vida é feita de contradições!
As organizações, para as quais nós
trabalhamos, são atingidas diretamente por esse cenário. Estão sendo convocadas
a reverem sua maneira de fazer negócios. Para algumas já se tornou uma vantagem
competitiva, porque a empresa que se preocupa com a sustentabilidade é vista
como aquela que se preocupa com o meio ambiente e com a comunidade.
Claro, que somado
a essas demandas e exigências advindas dos desafios de uma gestão sustentável,
as empresas estão sendo afetadas pelo cenário atual do Brasil: um cenário
nervoso, inseguro, agitado, incerto, devido às indefinições políticas e
econômicas.
Como toda decisão estratégica, terá que
ser implementada pela ação, pelo empenho e pela competência dos profissionais
que trabalham para a empresa. Requer o estabelecimento de uma relação de
confiança pautada no envolvimento e no comprometimento. E em um aprendizado
contínuo. Num piscar de olhos ou num vacilo, poderemos ter nosso
emprego/trabalho afetado.
Nós, profissionais do secretariado, integramos essa equipe. E temos essa
responsabilidade com as gerações futuras e com a garantia de nossa
empregabilidade.
Por quê? Primeiro, como seres humanos
que pertencemos a esse Todo Cósmico.
Segundo, como profissionais que fizemos
o juramento de exercer a profissão dentro dos princípios da ética,
da integridade, da honestidade, e da lealdade; respeitar a Constituição
Federal, o Código de Ética Profissional e as normas institucionais; buscar o
aperfeiçoamento contínuo e; contribuir, com o trabalho, para uma sociedade mais justa e mais humana.
Terceiro, como assessores diretos dos executivos no desempenho de nossas
funções, gerenciando informações,
elaborando documentos, controlando correspondência física e eletrônica,
prestando serviços em idioma estrangeiro, organizando eventos e viagens,
supervisionando equipes de trabalho, gerenciando suprimentos e procedimentos
administrativos. (baseado na CBO/2002)
Diante desse cenário em que as
empresas terão de se manter sustentáveis econômica, ambiental, ecológica e
socialmente, como fica a profissão de secretário?
Fazendo uma
analogia com as responsabilidades que temos diante da sustentabilidade de nosso
planeta, será que nós, profissionais do Secretariado, temos consciência de
nosso pertencimento à profissão de Secretário?
Coincidência ou não, a sustentabilidade passou assim
a ser considerada na década de 80 por Lester Brown, na mesma década em que o
Secretariado foi regulamentado como profissão.
Da mesma forma que os parâmetros
para garantir ações sustentáveis foram pensados e viabilizados basicamente a
partir da década de 80, o Secretariado como profissão também traçou e escreveu
sua caminhada mais visível na sociedade e no mundo corporativo na década de 80.
Algumas conquistas no campo profissional e acadêmico merecem ser
recordadas:
Ø
regulamentação da profissão
(setembro 1985)
Ø
código de ética profissional
Ø
exigência de registro
profissional
Ø
formação/bacharelado em
nível superior, que desencadeou:
- abertura de cursos superiores de Secretariado
em âmbito de Brasil
- necessidade de professores
de Secretariado
- programas de extensão
universitária na área
- pesquisa científica em
Secretariado (ABPSEC)
- surgimento de Revistas
Científicas
- eventos de Secretariado
(estudantes, profissionais, professores, pesquisadores)
- estabelecimento das
Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Graduação em Secretariado
(2004)
- exame do ENADE
- criação de cursos de pós-graduação
Lato Sensu
Ø
a abertura de inúmeros
cursos de aperfeiçoamento profissional por diversas entidades e instituições.
São conquistas que
resultaram do empenho, do envolvimento, do comprometimento de pessoas que
tinham um profundo senso de pertencimento com o Secretariado. Em minha opinião,
são 30 anos que merecem ser comemorados pela categoria. Eu, particularmente,
tenho muito orgulho de ter contribuído, do meu jeito, no meu espaço, dessas
conquistas.
No mesmo instante que vibro
com as conquistas, fico aflita em querer visualizar o futuro da profissão. Como
serão os próximos 30 anos? Como estará o Secretariado em 2045?
Infelizmente não me vejo
competente para traçar tendências para o Secretariado, em virtude do fato de
estarmos vivenciando um cenário nunca antes vivido. Que cenário é esse?
O cenário
atual da profissão – vista sob as minhas lentes - diz-me que estamos vivendo
uma crise de pertencimento, que está
começando a fragilizar o Secretariado como profissão. Sim, quero dizer que o
Secretariado está em crise. Ainda invisível para alguns, é verdade! Mas já há
sinais dessa crise de pertencimento estampados em diversas situações.
Atrevo-me
a cutucar vocês com algumas situações que particularmente me afligem.
1. Como você lida com o fato de ter que trabalhar ao
lado de um profissional exercendo atividades de Secretariado e Assessoria
Executiva sem o registro profissional?
2. Como você lida com um convite para integrar uma
chapa e participar da eleição da próxima diretoria do Sindicato de Secretariado
de seu Estado?
3. Como você lida com o fato de trabalhar subordinado
a uma secretária executiva com mais de 35 anos de experiência, porém sem a
graduação em Secretariado?
4. Como você reage ao saber que os docentes do curso
de Secretariado no qual você está matriculado, estão fazendo outra graduação,
porque querem desistir da profissão?
Também fiz minha reflexão sobre os indícios que
sinalizam a crise de pertencimento do Secretariado, e vou verbalizá-los agora
para vocês:
Ø
A sociedade não reconheceu o
Secretariado como profissão. Não atingimos nossa maturidade como profissão, apesar
dos 30 anos de regulamentação. Verdade é que considerável proporção dos
próprios profissionais/bacharéis não conseguiu atribuir valor ao título. No
subconsciente organizacional ainda persiste o entendimento de se tratar de uma
“ocupação”, como descreve a CBO-2012, no código de família > Secretárias(os)
Executivas(os) e afins – 2523.
Ø
A regulamentação não conseguiu
dar força e sustentação à carreira em Secretariado. É recorrente vermos
profissionais graduados traçando suas carreiras, a partir da sua “ocupação” nas
empresas, desatrelando-as da profissão de Secretário.
Ø
O registro profissional
ainda é exigência feita por poucas empresas. A maioria fecha os olhos para a
questão da legislação. E faz isso com a conivência do bacharel em Secretariado.
Ø Iniciativas isoladas – a exemplo das questões
ambientais e ecológicas - conseguem manter o Secretariado vivo e presente no
mundo corporativo, porém sem avançar. Entidades de liderança sindical,
universidades, professores, estudantes, profissionais graduados, pesquisadores,
cada um fazendo sua parte, porém com muita dificuldade de encontrarem o eixo
norteador que conduzirá a uma direção única. Precisamos conversar mais. O todo
é maior e mais forte. Precisamos amarrar as pontas, que infelizmente continuam
soltas desde a regulamentação profissional. E parece-me que estão cada vez mais
soltas. Sinto que estamos perdendo a consistência ao debater a profissão. É a
crítica pela crítica, sem nenhuma contribuição consistente.
Ø Os jovens bacharéis em Secretariado gritam e brigam
pela sua inserção no mercado de trabalho. Mas não gritam e nem brigam pelo
Secretariado em si, enquanto profissão constituída que é. Estamos vivendo uma
crise de pertencimento – da mesma forma que nos omitimos com relação às
mudanças climáticas (como algo distante de nossa realidade, algo inatingível),
a geração jovem do Secretariado se omite das responsabilidades de se comprometer
com a profissão. Tem muita dificuldade de se perceber no contexto da empresa
como profissional do Secretariado.
Ø As instituições formadoras, de ensino superior,
infelizmente, também não têm conseguido se comprometer institucionalmente com a
profissão de Secretário. Até hoje a maioria dos resultados positivos tem sido
mérito de docentes fortemente comprometidos e com um alto grau do senso de
pertencimento. É triste termos que assistir e tomar conhecimento de que
professores de Secretariado estejam fazendo outras graduações porque desistiram
do Secretariado. Cadê o senso de pertencimento com a profissão? Pergunto-me: com
que senso de pertencimento ministram suas aulas?
Ø Aliado a isso, estamos assistindo a um esvaziamento
dos cursos de Secretariado Executivo.
Enfim, são indícios de que estamos vivendo uma crise de pertencimento no
Secretariado. Estamos nos comportando tão selfies
e vivendo virtualmente conectados/plugados, sendo curtidos por nossos
sentimentos e emoções, que perdemos a verdadeira noção de “pertencer”, de se
sentir integrante, de se envolver, de se comprometer.
Dói muito ter que afirmar isso em
uma época em que as inovações tecnológicas de comunicação e informação estão
tão presentes em nosso cotidiano profissional e pessoal. Por outro lado, deram-nos
tanta ilusão de autossuficiência que nos fizeram esquecer de que somos parte de
algo maior. Hoje,
evitamos o envolvimento, privilegiamos o distanciamento. Não queremos mais
contato face to face, e servir o
outro. Queremos estar em tudo, a distância.
A crise de pertencimento gera a onda do descartável, do desapego: nos
relacionamentos, nos empregos, com as pessoas, com o conhecimento construído,
com a história de vida vivida.
Como então vamos dar conta de
abafar/diminuir essa onda de falta de pertencimento no Secretariado?
Vejo somente um caminho...... por intermédio de um amplo processo de
EDUCAÇÃO. É o caminho que nos ajudará a reconstruir uma consciência coletiva na
criação do sentimento de pertencimento. E aqui clamo pelo real comprometimento
das três instâncias de educação:
Educação formal: aquela educação que é dada ao ser
humano sempre sistematizada e, principalmente, apoiada no sistema. Ela é
metódica, intencional, consciente. No caso de Secretariado, deve ser entendida
como a formação de técnicos, tecnólogos e bacharéis, nos respectivos níveis de
ensino vigentes no Brasil.
Educação não formal: que até pode ser intencional, mas
não é e não está inscrita na escolaridade como a formal, que é obrigatória,
conforme a Constituição Federal.
Educação informal é aquela que se dá completamente
desvinculada de qualquer método, de qualquer sistema.
Nenhuma dessas instâncias da
Educação poderá ficar de fora, porque a instância que se excluir prejudicará o
processo como um todo. Fragilizará o avanço.
A educação foi, é e sempre será o condutor a uma situação “ideal” da
profissão de Secretário. Nada se constrói, ou se reconstrói sem educação. Só
avançaremos no Secretariado, e com o Secretariado, pelo viés da educação. A
educação é a chave para abrir caminho para a excelência pessoal, social e
profissional, e que nos permite buscar sermos melhor hoje do que ontem. Para saber, para fazer, para ser ou
para conviver, todos os dias misturamos a vida com a educação. Estamos nos
educando continuamente. Afinal, o ser humano é um ser inacabado, está sempre em
construção.
Defendemos aqui um processo de educação que proporcione uma leitura de
mundo, o desenvolvimento da capacidade da pessoa de se engajar em projetos e
ações, consciente de sua responsabilidade social e ética; consciente da
necessidade de aprender a aprender e saber pensar, para poder agir e ajudar a
transformar o contexto no qual está inserida.
Além disso, e primordialmente falando, de um processo de educação que
desenvolva na pessoa qualidades que incluem uma visão mais ampla, baseada em
valores, princípios, propósito da vida, compaixão, disposição de servir. Refiro
aqui ao capital espiritual (baseado em Danah Zohar, em seu livro Capital Espiritual), entendido como a inteligência espiritual, ou seja, a
inteligência com que somos. (O que
sou).
Trago aqui a defesa de uma educação em sentido amplo para o
Secretariado, porque a crise de pertencimento que vivemos no Secretariado vai
muito além da formação acadêmica, que é atestada com a emissão do diploma de
bacharel. A crise de pertencimento inicia-se no descaso da educação de base,
com a ausência na criação de valores humanos no contexto familiar e na escola
básica. A educação formal (técnico e bacharel) sozinha não dará conta de
romper, de estancar a crise de pertencimento a que me refiro. Até porque também
já atingiu parte do corpo docente em nossas instituições de ensino.
Defendemos uma educação que vá construir uma consciência ampliada desse
pertencimento tanto ao Todo Cósmico como ao Secretariado enquanto profissão.
Por onde começar? Provavelmente alguns de vocês estejam se fazendo essa
pergunta.
Eu - que, pessoalmente, sempre fui muito pragmática - afirmo: só
conseguiremos criar esse senso de pertencimento se – entre nós – surgir uma
liderança com credibilidade e capacidade para aglutinar e mobilizar todas as
partes soltas em um direcionamento comum de pertencimento.
Quem sabe esteja aqui, hoje, no meio de nós, essa jovem liderança? Uma
liderança capacitada e qualificada: técnica, metodológica e moralmente. Sim,
porque deverá ser uma pessoa íntegra, com sabedoria para “ser um líder a
serviço de ....”.
Ah! Professora, com isso a senhora está querendo dizer que as lideranças
de sua geração carecem dessas qualificações? Não, não é isso que eu disse e
quero dizer. Muito pelo contrário! Minha geração teve e tem competência para
fazer isso, tanto que já conduziu a profissão até o patamar/estágio que está. Mas
como ninguém é eterno na terra, precisamos de pessoas da geração jovem para
continuar a tarefa; para aprender conosco, porque a vivência nos credencia!
Precisamos de pessoas jovens que, de espectadores, passem a atores
principais desse processo de educação em prol do Secretariado. Um processo de
educação que precisa dar conta de capacitar lideranças jovens que sejam as
impulsionadoras das gerações futuras.
A notícia boa é que o Secretariado está sendo presenteado e desafiado
com essa crise no momento em que ainda contamos com a presença física desses profissionais
sabedores e atores dessa trajetória. No momento em que ainda contamos com
jovens se qualificando em nossas instituições de ensino. A profissão tem plenas
condições de sair fortalecida. Afinal de contas, o Secretariado é uma
organização complexa e adaptável. Claro, porque já mostrou isso ao longo de sua
história.
Agora, a pergunta é: Queremos fazer parte da história? Sim, porque a
decisão está em nossas mãos.
A sustentabilidade do Secretariado como profissão será garantida com o
comprometimento de todas as partes, e à medida que aumentar o grau de
pertencimento de cada um de nós. Não podemos deixar essa tarefa para o outro. É
nossa! Temos que fazer! E estará comprometida à medida que amolecermos nosso
grau de pertencimento.
Termino minha fala hoje a noite, perguntando:
Para onde você quer ir?
Por que não ser um profissional
que trabalha pela sustentabilidade da profissão?
Qual é o tamanho de seu desejo de
fazer alguma coisa por sua profissão? E não somente por você como Secretária ou
Secretário?
Aprendi em minha família outra máxima: de nunca deixar a peteca cair
quando se acredita em algo. Está em cada um de nós a
responsabilidade de deixar ou não a peteca do Secretariado cair.
Boa noite e ótima reflexão para vocês!
REFERÊNCIAS
Brown,
Lester R. Plano B 4.0: mobilização
para salvar a civilização. São Paulo: New Content Editora, 2009.
D`Ambrosio,
Ubiratan. A era da consciência. São Paulo:
Editora Fundação Peirópolis, 1997.
Wamser,
Eliane. A secretária que faz...
Blumenau: Nova Letra, 2010.
Zohar,
Danah. Capital espiritual: usando as
inteligências racional, emocional e espiritual para realizar transformações
pessoais e profissionais. Rio de Janeiro: BestSeller, 2006.
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