Otimizando o tempo
Meus hábitos em relação à
distribuição do meu tempo são influenciados grandemente pela presença da
internet (acessos a websites diversos e e-mails). Nos últimos três para quatro
anos passei trabalhando em atividades que me propiciavam o acesso irrestrito à
internet pelas 8 horas do meu dia. Sou humilde em afirmar que desenvolvi uma
espécie de “neura” para sempre checar e-mails, dar uma olhada no Facebook,
olhar websites com “promoções imperdíveis” e assim por diante. Encontrando algo
que me agradasse ou me entretivesse. Pronto: era a senha para parar o que
estava fazendo (uma tarefa importante, um e-mail longo etc).
Isso é bastante prejudicial
pois acabamos não realizando o que é importante e focando em coisas
desnecessárias. E quando ocorre isso, como vemos na disciplina Tempo, Organização e Planejamento, ao
fim do dia temos uma agenda carregada de coisas emergenciais para ser feitas,
pois elas foram deixadas de lado ou, no meu caso específico, “espremidas” ao
fim do dia.
Recentemente, tomei uma
decisão muito relevante: deixei meu cargo em uma empresa pública e fui
trabalhar em outra do mesmo segmento, como Atendente Comercial. Ele tem várias
diferenças ao cargo anterior. É um cargo de apenas 4 horas diárias e, durante
essas horas, eu fico impossibilitado de fazer outras coisas, porque
simplesmente não é possível e mesmo permitido. Outro ponto importante é que
fiquei com uma grande parte do meu tempo livre, especialmente as tardes. Com
isso, necessito aproveitar esse tempo para explorar minhas potencialidades,
exercer outras atividades (como lecionar idiomas) e mesmo fazer algo por mim
(leituras, atividades físicas, melhorar minha alimentação etc.).
Ainda é bastante cedo para
dizer se foi uma decisão 100% acertada ou não.
Nos primeiros dias, percebi que tenho aproveitado melhor meu tempo,
especialmente nas tardes, realizando tarefas pessoais que sempre ficavam em
segundo plano, por exemplo. Outro ponto positivo é que fico livre para
desenvolver atividades com foco empreendedor: tenho a meta de criar uma empresa
para prestar aulas de inglês in company,
e esse tempo a tarde serve para estreitar contatos com empresas.
Portanto, no meu caso, o
acesso à internet em meio às atividades profissionais é que influencia na
demanda e distribuição do meu tempo. Além disso, há outros elementos
influenciadores, que estão sendo retratados em aula, e que vou detalhar mais
abaixo.
Tenho a experiência pessoal
para relatar que tendemos a priorizar tempo e sua distribuição para o que é
mais prazeroso fazer. Dá mais satisfação, é algo que você se habitua e prefere
realizar. Com isso, as atividades que não gosta vão sendo postergadas, e com
isso elas ou não são realizadas, ou viram – num certo momento – coisas
emergenciais.
O mesmo se aplica àquelas
tarefas que são mais simples e rápidas. Tenho por hábito costumeiramente
interromper uma atividade, até mais de uma vez, para realizar uma ou mais
atividades menores. Seria melhor terminar e concluir no prazo adequado, sem
rodeios, a primeira! Isso torna produtivo o dia, e as minhas horas poderiam ser
melhor aproveitadas. Felizmente, meu novo emprego não me permite fazer isso – o
que tem que ser feito, deve ser feito no ato!
Detalhando ainda mais o
acima, é basicamente não priorizar as atividades: em minha vida profissional
elas não ganham uma escala de prioridade, ou de importância, e vão sendo
“encavaladas” de maneira aleatória.
I – O que atrapalha a otimização do seu
tempo?
R.: E-mails e a “falsa
necessidade” de sempre checá-los e respondê-los no ato; a internet com acesso
ilimitado; a minha própria incapacidade de priorizar tarefas.
II – Qual é a atividade que mais otimiza
o seu tempo ?
R.: Quando eu ficava 100% do
tempo em minha empresa, a ocasião que melhor eu otimizava o tempo eram as
reuniões com clientes: procurava torná-las o quanto mais objetivas possível.
Apesar de responder e ler muitos e-mails durante o dia, nessa época eu também
me “policiava” para respondê-los de maneira mais sucinta e clara.
III – E em qual atividade você mais
desperdiça seu tempo?
R.:
Com acessos constantes e às vezes demorado a websites dos mais diversos, para
fins de lazer, leitura etc., sem um objetivo definido, apenas “por olhar”.
(Fonte:
Depoimento de Rodrigo Laemmle, na disciplina Tempo, Organização e
Planejamento, do curso de Pós-Graduação em Assessoria Executiva Empresarial, da
Universidade Regional de Blumenau, ministrado pela Professora Eliane Wamser.)
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